quarta-feira, 28 de março de 2007

As Sombras de Zyega - Cap. 8 - Amoras e Pingüins

(leia aqui)No capitulo anterior:

Assim, iniciava-se mais uma vez a longa jornada da dupla, porém agora como procurados da justiça. Os desafios agora seriam ainda maiores, mas, estavam preparados e decididos a não se deixar barrar por nada que surgisse no caminho!

Mileno encarou Flégias e suspirou. Estavam andando a horas, e o rapaz tinha certeza de que não chegariam à lugar nenhum daquele jeito. Percebendo o olhar incerto do jovem, Flégias estacou e sentou-se no chão, pegando o cantil e bebendo um pouco de água. Em seguida, o atirou para Mileno beber um pouco também, que logo começou:

Mileno saiu por aí, procurando por algo que pudesse ser comestível, mas o mais perto que chegou disso foi uma pequena amoreira, carregadas pelo doce fruto. Colheu algumas e apertou o passo em direção à clareira onde passariam a noite, que por sinal aproximava-se rápido. Quando chegou, encontrou Flégias montando uma fogueira para se aquecerem. Ambos se encararam, procurando ver o que o outro havia trazido... e aparentemente Flégias só tinha encontrado amoras também:

Milo apenas fez um gesto com a mão, em resposta. Fez o mesmo caminho que havia feito até chegar aos arbustos de amora e então encontrou seu relógio. Mas, ele estava pensativo sobre o porque de Flégias viver lhe dizendo para tomar cuidado com ursos. Desde que estavam andando pela floresta só haviam encontrado alguns pássaros e esquilos... parecia quase impossível que existissem ursos por ali, embora fosse simplesmente impossível que numa floresta tão grande não houvesse alguns ursos aqui e ali.

Ao retornar, passou mais algum tempo conversando com Flégias, antes de se ajeitar num canto perto da fogueira para dormir.

Na manhã seguinte, acordaram e arrumaram as malas para continuar a caminhada. Milo pegou o cantil para guardar; então, estranhando o peso, sacudiu-o, constatando que estava vazio. Como não podiam ficar sem água de jeito nenhum, logo comunicou à Flégias:

E só então os rapazes pareceram perceber a enrascada em que estavam metidos. Totalmente sem saber como agir diante de tantas criaturas que os devoravam com o olhar, enquanto babavam, só lhes restou gritar quando ouviram o rugido do maior e aparentemente mais forte deles.