quinta-feira, 1 de março de 2007

As Sombras de Zyega - Cap. 4 - O Covil de Chakal

(leia aqui)No capitulo anterior:

E assim Mileno seguiu rumo à Elvengrado, agora acompanhado pelo excêntrico Flégias.

Mileno e Flégias seguiam seu caminho pela estrada. Depois de algum tempo, Flégias percebeu que o rapaz ao seu lado estava muito quieto, um tanto pensativo. Então, para quebrar o gelo, começou:


De todos que podiam chegar naquele momento, a Guarda de Elvengrado era a última coisa que os bandidos queriam ver. Preocupados com sua fuga, desmaiaram a refém com um golpe na nuca, e então correram até os seus quadriciclos, retornando para Jerrás, evitando todas as estradas principais.

Passaram pelos portões da cidade, e dirigiram-se diretamente até o palácio de Lorde Chakal. Um mensageiro os anunciou, e em pouco tempo estavam em frente ao já tão conhecido homem de olhar impetuoso, e de seu sádico braço direito. Ele se levantou quando os bandidos ajoelharam-se na sua frente, e então desceu alguns degraus da escada que o separava de seus subordinados:

Ela encarou os homens que estavam na sua frente: Chakal vestia calças pretas, sapatos de verniz, uma camisa social azul xadrez e um casaco lilás bem claro, quase branco. Os longos cabelos negros presos num rabo baixo, destacando ainda mais os claros olhos impetuosos, que pareciam ser capazes de atravessar a alma das pessoas. Já Zorak vestia-se com um casaco de veludo vermelho, com grades botões de madeira. Botas pretas longas por cima das calças, também pretas, além de um chapéu de pêlos marrom. Mas, independente das roupas que usavam, aquela dupla causava calafrios na menina:

O homem voltou até o salão principal, onde Lorde Chakal estava. Ele encarou o chefe, que começou:

Enquanto isso, Andréa desmontava a blindagem externa da grande caldeira. Passou tanto tempo apenas a desmontando que quase achou que seria impossível fazê-lo totalmente. Terminada essa primeira parte, começou a observar as emendas de canos, engrenagens e tubulações; à primeira vista, tudo estava na mais perfeita ordem. Rodeou a caldeira por mais algum tempo, antes de começar a pensar que talvez ela não estivesse quebrada, e que aquilo era apenas um teste. Assim, apertou o botão que colocaria a caldeira inteira para funcionar. Com um grande estrondo, uma enorme quantidade de fuligem e poeira negra voou em direção ao rosto de Andréa, que ficou apenas parada, tossindo, esperando a poeira baixar... "É... acho que ela está realmente quebrada...".

No salão principal, Zorak e Chakal gargalharam divertidamente, lembrando-se dos outros engenheiros que haviam feito a mesma coisa!:

Zorak deu uma ligeira revirada de olhos, e voltou ao seu caminho. Chegando na sala, encontrou Andréa afastada da caldeira, batendo na mão direita repetidas vezes, enquanto dizia rápido, quase sem pausas "aiquenojo, aiquenojo, aiquenojo...":

Chakal esperava o retorno de Zorak quando ouviu o barulho da caldeira funcionando. Então, o homem chegou na sala com Andréa ao seu lado, com uma expressão totalmente frustrada, devido ao sucesso da jovem: