quinta-feira, 8 de março de 2007

As Sombras de Zyega - Cap. 5 - Lembranças Dolorosas

(leia aqui)No capitulo anterior:

Algum tempo de caminhada depois, Mileno e Flégias chegaram até a próxima vila: Orinsburg. Andavam sem muita pressa, e Milo parecia realmente impressionado em ver uma vila maior e mais movimentada que Zyega:

E continuaram andando. O fato que mais deixava Mileno curioso era que a cada meio metro que andavam alguém cumprimentava Flégias, e ele respondia animado com um sorriso cordial no rosto. Ele realmente parecia ser conhecido e querido pelo povo de Orinsburg. Percebendo o olhar curioso de Mileno, ele sorriu, e começou:

Com isso, o velho deu uma risada também, com uma cara de que dizia: "esse garoto não toma jeito nunca...", e foi embora, apoiando-se em sua bengala de madeira.

Algum tempo mais andando, logo chegaram à casa de Flégias: por fora era bem simples e relativamente bem cuidada... ao menos o quão podia ser sendo habitada por um homem solteiro e sozinho. Por dentro era bem mobiliada, com alguns bolos de bagunça aqui e ali, como roupas e livros; de um lado da sala havia uma mesa, com papéis e materiais para a manutenção de armas. Do outro, uma pequena porta levava à cozinha e a adega. E, separado por um arco de madeira, estava o que parecia ser o ainda mais bagunçado quarto. Flégias largou sua capa e seu chapéu no cabideiro atrás da porta, e então se voltou para o rapaz que o acompanhava:

Assim comeram e beberam. Depois, Flégias começou a arrumar sua mala, e também fazer alguns ajustes em suas armas. Ele encarou Mileno, e fez um sinal o chamando para perto:

Milo não insistiu no assunto, vendo que Flégias não parecia muito à vontade. Assim, foi dormir.

Durante a madrugada, Flégias não conseguia pregar os olhos. As lembranças que haviam vindo à tona com a pergunta de Mileno eram praticamente insuportáveis. Levantou-se e olhou para o lado, onde Mileno estava deitado:

Milo suspirou, apenas limpando a mesa e colocando um cobertor nas costas de Flégias antes de ir dormir.

Na manhã seguinte, Flégias acordou dolorido dos pés à cabeça, e com uma dor de cabeça infernal. Conseguia ouvir Mileno, na cozinha, provavelmente preparando algo para comerem. O rapaz foi até a sala, cumprimentando Flégias:

Então, batidas na porta chamaram a atenção dos dois; Flégias fez uma careta de dor: